segunda-feira, 15 de agosto de 2016

MÁRTIRES POR AMOR A CRISTO

“Há pouco, falecia na Tchecoslováquia o Cardeal Trochta, que passou quase a totalidade de sua vida de bispo em cárceres e campos de concentração [comunistas]. Foi expulso de sua diocese e condenado a trabalhos forçados em uma fábrica. Quando lá chegou, os trabalhadores sabiam que ele não vinha na qualidade de padre-operário, para fazer-lhes concorrências na luta pela subsistência, mas que fora banino para a fábrica. Seu único crime: ser bispo da Igreja de Cristo.
Também o cardeal Stepinac foi prisioneiro e exilado. Foi sepultado em sua catedral de Zagreb. Floes e velas sobre seu túmulo lembram ressurreição e vida. Foi expulso de sua sé episcopal por ser bispo que cria em Cristo.
Longe de sua sé episcopal faleceu o arcebispo de Praga, cardeal Beran, ex-prisioneiro do campo de concentração de Dachau e prisioneiro do nosso tempo. Seu crime era: ser bispo e crer em Cristo. Faleceu em fama de santidade.
Também  o cardeal Mindszenty primaz da Hungria foi prisioneiro e foi afastado de sua sé episcopal. Por que? Por ser criminoso? Inimigo de seu povo e d de sua pátria? Não, por ser bispo e crer em Cristo.
E o cardeal Slipyj, arcebispo de Lwbw, por mais de 20 anos prisioneiro e banido. Agora vive fora de sua pátria. Por que? Sempre de novo, por que? Os covardes jamais fornecem resposta honesta para isso. Esta é a verdadeira Igreja pós-conciliar. O próprio Deus deu a resposta de como devia ser essa Igreja, ao mandar cardeais para a frente de batalha, onde se tornaram confessores da fé, prisioneiros e mártires por amor de Cristo.
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Do pronunciamento do Cardeal WYSZYNSKI, invicto defensor da Fé na católica Polônia, vítima da tirania totalitária, traduzido pelo Pe. José Maria Wisniewski, SVD, e publicado originalmente em “Lar Católico”, de Juiz de Fora (20-10-1974) e posteriormente em Hora Presente, de onde extraímos o presente excerto (outros serão ainda postados). Abaixo transcrevemos uma pequena introdução ao referido pronunciamento de autoria dos redatores da revista Hora Presente  (n. 18, 1975):   

SILÊNCIO tomba sobre a Igreja da Europa oriental. Os cardeais mais valentes morreram ou foram reduzidos ao silêncio. Bispos procuram um acordo com os inimigos de Deus, sob a pressão de uma politica de descontração falsamente interpretada. Algumas sedes episcopais já estão ocupadas por chefes do movimento da paz traidor, que se tornam os executores desfibrados dos planos ateus de destruição. Por ordem dos comunistas, mais e mais sacerdotes zelosos são suspensos pelos seus superiores hierárquicos e retirados do pastoreio de almas. Um dos últimos que têm fibra para resistir, é o cardeal polonês Wyszynski. Esperança e entusiasmo apoderam-se dos corações do se jovem auditório, quando, aos 9 de abril de 1974, desafiando os perseguidores da Igreja e abrindo mão de frases diplomáticas, acertou contas com os adversários de Deus que prosseguem em sua obra destruidora, dentro e fora da Igreja, sem serem molestados. O cardeal descreveu a verdadeira e a falsa Igreja pós-conciliar, diante de um auditório acadêmico e com valentia inaudita deu o sinal para a contra-ofensiva. 

Cardeal Wyszynski
(Zuzela, 3 de agosto de 1901 — Varsóvia, 28 de maio de 1981)

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